A
oferta de
livros digitais já é suficientemente diversificada
para afetar o mercado do papel, mas até há pouco tempo isso aplicava-se sobretudo aos conteúdos em inglês, mas aos poucos as versões digitais chegam a outras línguas, como o português.Os
livros digitais tomam cada vez mais terreno aos
livros em papel. Mesmo que seja daqueles que tem dificuldade em trocar o toque do papel pelo toque no ecrã de um dispositivo eletrónico, o melhor é conhecer as alternativas disponíveis no mercado.
A Amazon ajudou a popularizar o formato do livro eletrónico e dos leitores, com os seus Kindle. Atualmente a a concorrência é grande e
para o consumidor isso significa mais opções. Hoje vamos mostrar-lhe algumas, deixando de parte as opções mais conhecidas e mais "globais", como a Kindle Store ou a loja de
da Apple, por exemplo,
para centrar atenções nas lojas onde domina a
oferta de
livros digitais em língua portuguesa.
Começamos pela loja da Biblioteca Nacional. A livraria online já existia, a
oferta de
ficou disponível no início do ano passado. Permite comprar ou alugar livros, que podem ser visualizados no PC (com o ADE - Adobe Digital Editions instalado, tecnologia de DRM utilizada) ou em leitores dedicados. A lista de equipamentos compatível com a tecnologia da Adobe pode ser consultada aqui.
Esta
oferta de
livros eletrónicos da BN está ainda disponível
para Android e iPod/iPad (instalando o BlueFireReader).
O preço das obras disponibilizadas em formato digital nunca será superior a 50% do custo da versão em papel, garantia a BN à data de lançamento do projeto.
Assente na mesma plataforma que o site da Biblioteca Nacional (a www.euebooks.com), a Tertúlia de eBooks é outra opção
para quem procura conteúdos em português. O catálogo está organizado por temas e há
também uma área específica dedicada a
portugueses e a um conjunto de sites associados, que quem visita a plataforma
também pode conhecer.
O site da Almedina
também já conta com uma área de ebooks, onde mantém uma
oferta organizada por áreas. Aí é possível encontrar
em português em domínios como a arte, ciências, literatura,
livros práticos, entre outras.
Na loja online da Almedina a tecnologia de proteção de direitos digitais, tal como nas opções anteriores, é a da Adobe, o que traduz o mesmo tipo de requisitos
para poder utilizar o conteúdo.
No entanto, a Almedina é menos restritiva no acesso aos conteúdos digitais que o utilizador adquire na sua livraria online. Enquanto nas lojas da BN e da Tertúlia o conteúdo adquirido só pode ser usado no dispositivo a partir do qual é comprado, na solução da Almedina é possível usar o mesmo conteúdo num máximo de seis computadores e seis dispositivos móveis em simultâneo, utilizando a mesma conta Adobe ID.
Com uma
oferta mais limitada - na quantidade e nos temas - deixamos
também uma nota
para a loja online do grupo Vida Económica. Quem tem interesse nos temas da economia e gestão pode encontrar ali títulos interessantes
para adicionar à sua biblioteca digital. O formato dos
livros é
também aqui o PDF e a
oferta atual é de 68 títulos.
Para além destas opções vale a pena referir que os principais editores nacionais, como a porto editora e a Leya,
também já asseguram uma
oferta forte na área dos
livros digitais e isso tem-se refletido na diversificação das propostas disponíveis.
Começamos pela Leya que combina o catálogo em papel com uma leque alargado de títulos em formato digital. É certo que por aí ainda não passam alguns dos best sellers do momento, mas já é possível encontrar alguma diversidade.
Os
livros estão organizados por áreas temáticas, mas
também podem ser consultados por ordem alfabética ou preço. Há
também uma secção dedicada a
gratuitos e uma ligação
para as ofertas de autor arrumadas na Escrytos, a plataforma de autopublicação de
recentemente lançada pelo grupo.
Os
disponibilizados pela Leya usam o formato ePub que permite uma melhor adequação do layout das páginas ao tamanho do ecrã e às preferências do utilizador, permitindo alterações ao tamanho da letra ou tipo de letra, por exemplo. Algo que com o PDF não é possível.
A tecnologia de DRM é a da Adobe, pelo que a lista de equipamentos compatíveis se mantém. A
oferta está
também disponível
para dispositivos móveis e a utilização dos conteúdos aquiridos em vários suportes não está restringida. Só no iOS. O que é comprado via loja da Apple só pode ser usado nos dispositivos da fabricante.
Passando a bola à concorrência, vale
também a pena destacar a Wook. A loja online da Porto editora convida o autor a escolher logo na página de entrado do site se refere ser encaminhado
para em português ou inglês.
Os títulos disponíveis arrumam-se por temas, mas quem está indeciso
também pode espreitar o leque dos 10
livros eletrónicos mais vendidos e descobrir algumas novidades. A Leya
também tem um top
para os
mais vendidos, mas alinha apenas os cinco primeiros.
Os
livros da Wook estão disponíveis nos formatos ePub, PDF e eWook. Este última é uma tecnologia desenvolvida pela empresa portuguesa que funciona sobre o ePub e que permite o acesso aos
livros independentemente do dispositivo em questão e do respetivo sistema operativo. A tecnologia de DRM é a da Adobe e a aplicação que permite ler
também em dispositivos móveis é, como nos casos anteriores, o Bluefirereader. A Wook disponibiliza atualmente três mil
livros digitais em língua portuguesa.
Fechamos com uma sugestão que
também estará entre as mais relevantes, no que se refere à quantidade de
livros disponíveis: a loja da Kobo. Graças a uma parceria com a Fnac, anunciada em setembro do ano passado, a plataforma reforçou a aposta nos conteúdos em português e tem uma nova versão localizada, onde apresenta cinco mil
livros eletrónicos na língua de Camões, em três milhões de títulos disponíveis. Para este ano está prometido um forte reforço dos títulos em língua portuguesa.
A loja da Kobo é compatível coma esmagadora maioria dos dispositivos existentes no mercado, pelo que os
livros podem ser lidos no PC, no tablet ou smartphones, sendo que a aplicação necessária já vem mesmo instalada em alguns dispositivos, Android por exemplo.
Ficamos por aqui, mas não sem deixar espaço
para mais sugestões, que convidamos os leitores a partilharem. Boas leituras.
Nota de redação: Esta Sugestão TeK foi publicada originalmente a 17 de janeiro
Escrito ao abrigo do novo Acordo Ortográfico
Cristina A. Ferreira